Sopra na floresta,
O manso vento
De dias idos.
Vem de longe,
Das matas do Banzão;
Demora-se nas árvores
Do caminho e do passado,
Até vir aqui pousar,
Contar contos
E murmurar.
Este arvoredo é outro.
Alto, como catedrais,
A filigrana verde,
Sob céus iridescentes,
Nele mora agora,
O manso alento
De dias queridos.
Os vis não têm nome.
São gente pequena que
Nos confisca o ser,
E que, indigna da
Branda palavra falecer,
Teima matar-se para nós,
Até antes de morrer!
Seja! Que se vão!
Deles não reza a floresta e
Já não quero saber.
Valem-nos as pessoas que,
De tão grandes,
Ao falecer,
Se dissolvem no universo
E nos abraçam para sempre,
Pois nunca hão de perecer!
Sopram elas
O ameno vento
De dias idos,
Que vem de longe,
Sossegar
E contar histórias de embalar,
Dos pinhais mansos,
Do Banzão e Azeitão!